Nascido nos anos finais do século 19, Agrícola Guimarães formou-se com distinção, na escola pública, em 1909, e sete anos mais tarde passou a comandar sua própria instituição de ensino no Bairro da Trindade. Deu aulas também na escola masculina do Pantanal. Nos anos 1920, foi membro ativo do Centro Cívico e Recreativo José Boiteux.
Nos anos 1930, Agrícola transitou em algumas localidades do interior de Santa Catarina, sempre como professor, tendo falecido em 1945, em Valões. Embora as informações sobre sua vida sejam ainda poucas, Guimarães teve uma atuação importante na educação popular e tornou-se uma figura de referência entre comunidades negras no Estado. Em entrevista realizada em 1979 por Maura Martins Vicência, em Criciúma, ele foi lembrado como referência de homem negro que havia se destacado na educação, como músico e diretor de escola.
KRAUSS, Juliana de Souza. Clotildes Lalau: a trajetória da educadora e militante antirracista na cidade de Criciúma (1957-1987). 2012. Dissertação (Mestrado em História) – Programa de Pós-Graduação em História, Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, 2012.
TEIXEIRA, Luana. Os homens do Centro: política, classe e raça na Florianópolis dos anos 1920. In: MENDONÇA, J. M. N.; TEIXEIRA, L.; MAMIGONIAN, B. G. (Orgs.). Pós-Abolição no Sul do Brasil: associativismo e trajetórias negras. Salvador: Sagga, 2020. p. 75-92.