“Aos quatro dias do mez de Março do anno de mil oitocentos e sessenta e dous nesta Matriz de Nossa Senhora do Desterro baptisei solemnemente e puz os santos oleos ao innocente João da Cruz, nascido a vinte e quatro de Novembro do anno passado, filho natural de Carolina Eva da Conceição, crioula liberta, natural desta Freguesia. Foram padrinhos Manoel Moreira da Silva Júnior e Nossa Senhora das Dores. Do que para constar fiz este termo. O Vigº Joaquim Gomes d'Oliveira Paiva. [À margem: Pai: Guilherme Souza, por subsequente matrimonio].”
O menino João da Cruz foi batizado na igreja matriz, e o assento da cerimônia foi registrado no livro das pessoas livres. Foi registrado apenas como filho natural de Carolina. O nome de seu pai foi acrescentado por averbação feita no registro depois da cerimônia oficial de casamento de Guilherme e Carolina. Teve como madrinha uma santa, Nossa Senhora das Dores, o que não era incomum.
Arquivo Histórico Eclesiástico de Santa Catarina. Livro de Assentos de Batismo da Paróquia de Nossa Senhora do Desterro. Livro 20. fl. 28.
Certidão reproduzida em: ALVES, Uelinton Farias. Cruz e Sousa: Dante Negro do Brasil. Rio de Janeiro: Pallas, 2008.