Lugar

O Ateneu Provincial funcionou em uma chácara na região onde hoje se encontra a Praça Getúlio Vargas  no Centro de Florianópolis. Era, na época, a única escola secundária de Santa Catarina. Administrada pelo governo provincial, teve vida efêmera, funcionando menos de dez anos,  entre 1874 e 1883. Outras iniciativas anteriores, no mesmo local, também tiveram duração limitada: o Colégio dos Jesuítas (1845-1853), o Liceu Provincial (1857-1863), o Colégio Santíssimo Salvador (1865-1870) e o Colégio da Conceição (1872-1874).

Segundo o artigo 13º do regulamento do Ateneu Provincial, era permitido ao presidente mandar admitir ao instituto, às custas dos cofres provinciais, “quatro menores, como pensionistas, seis como meio-pensionistas e dez como externos, uma vez que fossem estes de reconhecida inteligência e de família honesta, dando preferência por filhos de empregados públicos da província que tenham se distinguido pelo bom desempenho do seu cargo”. (PRANDINI, 2011, p. 19)

Segundo Elisabete Espíndola, “Guilherme Sousa com base neste artigo requereu ao Presidente da Província que seus filhos João (Cruz e Sousa) e Norberto, nascidos livres, fossem aceitos como alunos externos da nova escola como permitia a legislação. Embora o regulamento mencionasse a preferência por filhos de funcionários públicos, Guilherme de Sousa fez com que se reconhecessem outros atributos que seus filhos também possuíam, como por exemplo, o fato de terem estudado em outra escola onde foram excelentes alunos.” (ESPÍNDOLA, 2006, p. 22)

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