Companhia teatral dirigida pelo ator e empresário Francisco Moreira de Vasconcelos e que possuía, como principal atração, a atriz-mirim Julieta dos Santos. No começo da década de 1880, viajou por quase todo o País encenando peças de grande apelo popular, algumas delas de cunho abolicionista, como as do dramaturgo negro rio-grandense Arthur Rocha. A companhia teve início em 1881, porém Francisca dos Santos – nome de batismo de Julieta – já atuava profissionalmente desde o fim da década de 1870. Sua maior notoriedade aconteceu na época em que esteve junto à companhia teatral de Moreira de Vasconcelos sendo considerada, por muitos, o “maior prodígio dramático brasileiro”. Em 1882, ao fazer uma série de espetáculos no Rio de Janeiro, ao ouvir tão boa crítica sobre a pequena atriz, Dom Pedro II teria procurado assistir a um de seus espetáculos. Conta-se que, ao vê-la atuando, o Imperador teria ficado tão impressionado que a convidou para uma visita à casa imperial da Quinta da Boa Vista. Depois disso Julieta dos Santos foi consagrada como uma das principais artistas de seu tempo. Foi por essa fase de reconhecimento e sucesso que a Companhia chegou a Desterro em 22 de dezembro de 1882. No mesmo dia, Cruz e Sousa dedicou um poema à menina, cuja chegada foi noticiada em jornais da cidade como o Jornal do Commercio e O Despertador. Em Desterro foram feitas cerca de 10 apresentações no Teatro Santa Isabel, tendo a Companhia partido da cidade apenas no dia 15 de fevereiro, levando, já em seu grupo, o jovem Cruz e Sousa.