Francisco Luís da Gama Rosa era natural do Rio Grande do Sul, filho de Francisco Luís da Gama Rosa, um oficial da Marinha de Guerra do Brasil, e de D. Amélia Molina da Gama Rosa. Permaneceu no Rio Grande do Sul até os sete anos de idade, ora em Uruguaiana ora em Jaguarão. Transferida a família para Desterro, cursou durante os anos de 1860 a 1868 o Atheneu Provincial. Foi para o Rio de Janeiro e estudou medicina, formando-se em 1876 e mantendo uma clínica gratuita deste ano até 1882 na região da Gávea naquela cidade. Dirigiu também a imprensa oficial e seu órgão Diário Oficial do Império do Brasil.
Foi nomeado pelo Império presidente da Província de Santa Catarina, cargo que exerceu de novembro de 1883 a setembro de 1884. Durante esse período, Gama Rosa se envolveu bastante com os intelectuais do grupo literário Ideia Nova, do qual participavam Cruz e Sousa, Virgílio Várzea e Santos Lostada, dentre outros; conseguindo, inclusive, cargos públicos para alguns desses jovens.
Gama Rosa colaborou intensamente na imprensa do Rio de Janeiro, com a Folha do Dia, a Gazeta da Tarde, Tribuna Liberal e Revista Brasileira, deixando publicações científicas e literárias. Faleceu em Niterói, no Rio de Janeiro, em 1892.
PIAZZA, Walter. Dicionário Político Catarinense. Florianópolis: Edição da Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina, 1994.
CABRAL, Oswaldo Rodrigues; REIS, Sara Regina Poyares (org). A história da política em Santa Catarina durante o Império. 4 vol. Florianópolis: Ed. UFSC, 2004, v. 4.