Nascido em Desterro em 1865, Araújo Figueiredo foi jornalista e escritor. Transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde conheceu outros literatos, como Olavo Bilac e Raul Pompéia, e publicou vários de seus poemas. Chegou a exercer o cargo de promotor público de Tubarão, foi novamente para o Rio de Janeiro e, quando voltou para Desterro, passou a viver sob o credo kardecista, ajudando enfermos e fazendo de sua casa um abrigo para os infortunados. Desenvolveu a mediunidade e passou a prescrever remédios homeopáticos.
Durante os anos 1880, Araújo Figueiredo fez parte do grupo literário Ideia Nova, que reunia vários intelectuais de Desterro juntamente com o jovem Cruz e Sousa. Já nos anos 1920, chegou a Academia Catarinense de Letras, desenvolvendo uma poesia preocupada com as questões espirituais e místicas. Autor de Madrigais (1888) e Ascetério (1904), Araújo Figueiredo, que faleceu em Florianópolis em 1927, foi também um importante construtor da memória de Cruz e Sousa, tendo convivido com o poeta e registrado suas experiências em livro de memórias, No Caminho do Destino.
ESPÍNDOLA, Elizabete Maria. Cruz e Sousa: Modernidade e mobilidade social nas duas últimas décadas do século XIX. 2006. Dissertação (Mestrado) - Departamento de Programa de Estudos Pós-graduados em História, PUC, São Paulo, 2006.
FIGUEREDO, Juvêncio de Araújo. No Caminho do Destino. In: CARNEIRO, Carlos da Silveira. Enciclopédia de Santa Catarina. Florianópolis. v. 20. Coleção especial de obras raras da Biblioteca Central da Universidade Federal de Santa Catarina.
FIGUEIREDO, Juvêncio de Araújo. Correpondência enviada para Cruz e Souza. Portal Literatura Brasileira (UFSC), disponível em http://www.literaturabrasileira.ufsc.br/autores/?id=1866
Acesso: 18 fev 2017.