Manoel dos Santos Lostada nasceu na Enseada de Brito, próximo a Desterro. Foi poeta, jornalista e atuou na cena política da Província de Santa Catarina, sendo oficial de gabinete de Gama Rosa, quando este assumiu o cargo de presidente da Província de Santa Catarina. Lostada conseguiu esse cargo em virtude da convivência com Gama Rosa, quando ambos faziam parte do grupo literário Ideia Nova. De fato, a presença do presidente da Província possibilitou a alguns amigos indicações a cargos políticos. Pouco depois, foi indicado para o cargo de promotor público em Itajaí e, mais tarde, já na década de 1890, foi deputado na Assembléia Legislativa do Estado.
Em 1915, Santos Lostada, que sempre estivera engajado e envolto no círculo político local, passou a fazer parte da direção da Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina. Assim como Araújo Figueiredo, Lostada acompanhou Cruz e Sousa até o fim da sua vida, trocando correspondências e solidarizando-se nos momentos difíceis enfrentados pelo poeta.
ESPÍNDOLA, Elizabete Maria. Cruz e Sousa: Modernidade e mobilidade social nas duas últimas décadas do século XIX. 2006. Dissertação (Mestrado) - Departamento de Programa de Estudos Pós-graduados em História, PUC, São Paulo, 2006.